Procissão da Burrinha cancelada
2017-10-21 às 11h34
A “sensibilidade e paixão muito grande” pela obra do escritor está plasmada na ‘Palavra submersa. Silêncio e produção de sentido em Vergílio Ferreira’ e valeu à autora, Isabel Cristina Rodrigues, o Grande Prémio de Ensaio Eduardo Coelho. O Grande Prémio de Ensaio, instituido pela Associação Portuguesa de Escritores e pela Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, foi ontem entregue numa sessão que decorreu na Biblioteca Municipal Camilo Castelo Branco, em Vila Nova de Famalicão, na sala que tem o nome de Eduardo Prado Coelho.
A “sensibilidade e paixão muito grande” pela obra do escritor está plasmada na ‘Palavra submersa. Silêncio e produção de sentido em Vergílio Ferreira’ e valeu à autora, Isabel Cristina Rodrigues, o Grande Prémio de Ensaio Eduardo Coelho.
O Grande Prémio de Ensaio, instituido pela Associação Portuguesa de Escritores e pela Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, foi ontem entregue numa sessão que decorreu na Biblioteca Municipal Camilo Castelo Branco, em Vila Nova de Famalicão, na sala que tem o nome de Eduardo Prado Coelho.
A porta-voz do júri, Isabel Mateus, justificou a atribuição do Grande Prémio à ‘Palavra submersa’ pela “leitura muito atenta, muito bem informada, do ponto de vista científico” conjugada com uma “sensibilidade e paixão muito grande pelo objecto de estudo”.
Isabel Mateus explica que a premiada não se limita a cumprir o protocolo do trabalho académico, mas é capaz de “fazer vibrar e entusiasmar o leitor” e de o levar ao encontro de Vergílio Ferreira.
A porta-voz do júri reconheceu ontem que a escolha foi difícil, não só pelo número significativo de obras a concurso, mas por haver “três ou quatro volumes de ensaio de excelente qualidade, o que dificultou a decisão”.
Foi por maioria, após uma “discussão séria e muito ponderada, mas muito sensata” que o júri decidiu atribuir o oitavo Grande Prémio de Ensaio Eduardo Prado Coelho a Isabel Cristina Rodrigues, professora do Departamento de Línguas e Culturas da Universidade de Aveiro, desde 1991.
A autora expressou ontem a sua “grande alegria pelo prémio e por este estar associado a Eduardo Prado Coelho”, mas sobretudo pelo facto do seu ensaio permitir “que se volte a falar de Vergílio Ferreira”.
Isabel Cristina Rodrigues já tinha dois livros publicados sobre Vergílio Ferreira, mas percebeu que ainda “tinha mais a dizer sobre o escritor e poeta” com quem assume ter aprendido “tudo o que se tem de saber acerca das relações humanas, da relação com o mundo e da importância da leitura”.
O trabalho, que começou por um imperativo académico, sob a forma de dissertação de doutoramento, valeu-lhe um prémio com um valor monetário de 7.500 euros.
O vereador da Cultura do município de Vila Nova de Famalicão, Leonel Rocha, explicou que o Grande Prémio Eduardo Prado Coelho pretende “dar visbilidade ao pensamento de grandes ensaístas”.
Leonel Rocha considera que “ao levarem este prémio, os ensaístas estão não só a ver a sua obra reconhecida, mas fazem, também, com que Eduardo Prado Coelho, o ensaio e o pensamento criativo sejam reconhecidos”.
O vereador da Cultura deu conta do objectivo de dar continuidade a este prémio e à ligação com Eduardo Prado Coelho, uma “boa prática cultural que deve ser replicada em todos os municípios”.
O presidente da Associação Portuguesa de Escritores, José Manuel Mendes, realçou a “intensa actividade cultural” do município de Vila Nova de Famalicão que já “vem de há décadas e não deixa de perdurar e, sobretudo, de responder a situações novas, com brilho” mantendo iniciadas de grande esplendor como o Grande Prémio de Ensaio Eduardo Prado Coelho.
27 Março 2024
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