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Braga

2017-11-23 às 07h55

Redacção Redacção

O livro ‘Oração, Penitência e Trabalho: o recolhimento de Santa Maria Madalena e São Gonçalo de Braga (1720-1834) foi agraciado com o prémio Dr. P. M. Laranjo Coelho, atribuído pela Academia Portuguesa de História. A autora, Marta Lobo, docente da Universidade do Minho, investigou o recolhimento de Braga onde viveram as ‘Convertidas’ desde a fundação daquele recolhimento até à chegada do liberalismo.

Citação

O livro ‘Oração, Penitência e Trabalho: o recolhimento de Santa Maria Madalena e São Gonçalo de Braga (1720-1834) foi agraciado com o prémio Dr. P. M. Laranjo Coelho, atribuído pela Academia Portuguesa de História.
A autora, Marta Lobo, docente da Universidade do Minho, investigou o recolhimento de Braga onde viveram as ‘Convertidas’ desde a fundação daquele recolhimento até à chegada do liberalismo. Nesta obra, a investigadora chama a atenção para a instituição de clausura feminina que tinha por objectivo principal, “no período estudado, retirar mulheres de uma vida considerada pecadora e convertê-las”.

“Foi através das porcionistas [pagavam para ali se educarem] que [o recolhimento] cresceu, principalmente em finais do século XVIII e começos do seguinte”, revela a investigadora, que procurou o quotidiano, as relações de poder e de conflitualidade que ocorreram naquele espaço, onde mulheres se governaram em recolhimento.

Marta Lobo consultou arquivos em Braga, em Lisboa e fontes impressas. “Todas as mulheres que integravam o recolhimento de Santa Maria Madalena e São Gonçalo submetiam-se a um programa de reforma moral e espiritual, composto à base da oração, da penitência e do trabalho”, acrescenta, justificando o título e salientando que esta obra analisa uma temática ainda “muito pouco trabalhada na historiografia nacional e mesmo internacional”, pois, adianta, estudos sobre recolhimentos para convertidas “são muito limitados”.

A autora deparou com casos de agressão e de expulsão, de gelosias para impedir o contacto físico com quem passava nas ruas. A maioria das utentes eram velhas, quase sempre pobres, sem rendimentos. Pediam empresta- do umas às outras. Há uma que empenha as vestes. Em menor número, também as há nobres e que pagam para estar lá, para salvaguardar a honra.

Estudar os estatutos de uma instituição de reclusão feminina é conhecer as suas normas de funcionamento, os preceitos que as mulheres deviam cumprir e aprender a filosofia que presidia a estas casas. Todavia, devemos ter presente que para além de nem sempre serem respeitados, a sua aplicação podia assumir modos, por vezes, diversos do que estava escrito.

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