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Rádios comunitárias podem recuperar espírito das ‘piratas’
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Rádios comunitárias podem recuperar espírito das ‘piratas’

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Rádios comunitárias podem recuperar espírito das ‘piratas’

Braga

2015-03-04 às 06h00

José Paulo Silva José Paulo Silva

Livro sobre 25 anos das rádios locais foi apresentado ontem na Universidade do Minho. Investigação aponta as rádios comunitárias como a reinvenção da função das emissoras piratas.

Citação

‘Das piratas à internet: 25 anos de rádios locais’, publicação organizada por três investigadores do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade da Universidade do Minho, ameaça tornar-se referência na investigação do fenómeno radiofónico em Portugal. O livro, ontem apresentado no Instituto de Ciências Sociais, surge quando “a história das rádios locais ainda está muito por fazer”, como destacou Ana Isabel Reis, que assina com Fábio Ribeiro e Pedro Portela a edição de uma obra de acesso gratuito no seu formato electrónico.

Manuel Pinto, professor de Ciências da Comunicação, confessou “surpresa pela dimensão do trabalho” realizado no âmbi-to do projecto ‘Estação NET: moldar a rádio para ambiente web’. O ebook disponível em http://www.lasics.uminho.pt/ojs/index.php/cecs_ebooks/issue/view/165, “celebra os 25 anos das rádios locais em Portugal, reflectindo sobre a sua origem na clandestinidade e sobre a sua eventual reanimação na internet”.
Pedro Costa, ex-profissional nas rádios locais, realçou que - à falta de estudos académicos sobre as rádios piratas e, após 1989, as rádios locais - a publicação “vai ser referencial para a investigação” deste fenómeno.

A propósito de uma das reflexões inscritas em ‘Das piratas à internet: 25 anos de rádios locais’, Pedro Costa defendeu o enquadramento legal das rádios comunitárias como “janela de oportunidade” para a recuperação do espírito que esteve na base do fenómeno das rádios piratas em Portugal. Os coordenadores da obra ontem apresentada reconhecem que “as piratas, e depois da legalização as rádios locais, foram fruto de um contexto único que, por certo, não se voltará a repetir” e que “hoje as rádios locais que temos já pouco têm em comum com o que se ouvia nos anos 80”.

Pedro Costa entende que “não faz sentido o mesmo enquadramento legal para todas as rádios locais”: as dos grandes centros urbanos e as do interior profundo.
A experimentação de rádios comunitárias poderia ser, na opinião de Fábio Ribeiro, “sinónimo de abrangência, participação, envolvimento e pluralismo, uma característica que as identifica com o espírito das piratas, entretanto extintas pelas circunstâncias legais”.

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