Câmara Municipal aprova protocolo para o fornecimento de carne cachena nas escolas de Arcos de Valdevez
2015-09-28 às 06h00
Nos últimos três anos o número de alunos a frequentar o ensino secundário passou de 800 para 1230, de 24 para 44 turmas. Procura reflecte as excelentes condições ao nível das estruturas físicas e a diversidade em termos de oferta curricular. Noventa e sete por cento dos alunos do 9.º ano obtiveram positiva na disciplina de Português, facto que orgulha pais e professores. Também nas restantes unidades escolares, os resultados estão acima da média nacional. “O nosso grande esforço é o de melhorar as condições de aprendizagem dos alunos. É uma área que temos e vamos continuar a investir”.
O Agrupamento de Escolas D. Maria II iniciou o novo ano lectivo com um aumento exponencial do número de alunos do ensino secundário. Esta é uma tendência que, segundo o director do agrupamento, João Dantas, que se tem verificado desde 2013. Actualmente, a Escola Secundária D. Maria II conta com 44 turmas, quando há três anos tinha 24, passando de 800 para os actuais 1230 alunos, levando o dirigente escolar a falar de uma “autêntica explosão” ao nível da procura neste nível de ensino.
E são vários os factores que conduzem a este fenómeno, passando, desde logo, pelas excelentes condições para a prática do ensino que a escola oferece, à multiplicidade de opções em termos curriculares e ao chamado regime normal, que faz com que todos os alunos tenham os seus tempos lectivos no período da manhã, sendo compensados os restantes blocos em apenas duras tardes da semana.
“A requalificação da escola ajudou muito. Temos um número de salas que nos permite fazer esta oferta particularmente no período da manhã. Só para termos ideia, na EB 2,3 de Lamaçães temos 19 salas, enquanto na secundária D.Maria II temos 45. Em Lamaçães temos dois laboratórios e na secundária são 9. Há todo um espaço que permite criar excelentes condições”, afirma João Dantas, acrescentando a propósito que o agrupamento está preocupado agora em estabilizar estes números já que “a qualidade é inimiga da qualidade”, para além de mais alunos representar também a adopção do chamado regime de desdobramento, ou seja aulas da parte da manhã e da tarde”.
Também ao nível do 1.º ciclo, o agrupamento tem mantido “as unidades no limite máximo”, diz o dirigente escolar, explicando que já ao nível do 2.º ciclo tem-se notado uma “ligeira descida”, facto relacionado a baixa natalidade.
Ao nível do pré-escolar, o agrupamento também conseguiu passar à margem dos fenómenos verificados em outros agrupamentos do concelho que tiveram de suprimir algumas salas por causas das designadas matrículas condicionadas.
Em termos de oferta curricular, no ensino secundário a matriz é composta, nos Científico-Humanísticos, pelos cursos de Ciências e Tecnologias, Ciências Socioeconómicas, Artes Visuais e Línguas e Humanidades.
Ao nível Cursos Profissionais, a escola oferece os cursos de Técnico Auxiliar de Saúde, Técnico de Design Gráfico, Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos e Técnico Serviços Jurídicos.
Processo de colocação de professores facilitou o trabalho dos dirigentes
Sem os problemas verificados em anos transactos, o processo de colocação de professores de 2015 veio facilitar a vida dos dirigentes escolares que conseguiram arrancar o ano lectivo sem grandes sobressaltos. Com os professores praticamente todos colocados- há excepção de alguns técnicos que cumprem agora o seu processo concursal - o Agrupamento de Escolas D.Maria II arrancou o ano escolar sem problemas.
No total, o agrupamento de escolas tem ao seu dispor 350 docentes e técnicos (enfermeiros, formadores, intérpretes, terapeutas, psicólogo) que vão ministrar aulas a 3200 alunos.
Em termos de pessoal, as dificuldades sentem-se especialmente ao nível dos auxiliares, faltando ainda colocar quatro assistentes operacionais ao nível do 1.º ciclo e três no ensino secundário.
Se ao nível do 1.º ciclo, o rácio de funcionários consegue, segundo o director do agrupamento, dar uma resposta cabal às necessidades existentes, o mesmo não se verifica ao nível do 2.ºe 3.º ciclo.
“Embora se cumpra a lei, é muito difícil trabalhar com esse número de funcionários. É o caso de Lamaçães, onde o rácio estabelecido é de 20 auxiliares, quando trabalhávamos quase sempre com 26. Também na secundária D. MariaII trabalhámos nos limites porque o rácio é sempre feito em função do número de alunos, e só pontualmente entra em questão a tipologia do edifício. Mas, o espaço de construção quase duplicou e o número de funcionários manteve-se. Há uma sobrecarga muito grande para os assistentes operacionais. São muitos os espaços e só não há ruptura porque as pessoas desdobram-se e tentam fazer o melhor pela instituição”, prossegue a propósito o dirigente escolar.
Resultados nas diferentes unidades ultrapassam a média nacional
“O nosso grande esforço é o de melhorar as condições de aprendizagem dos alunos. É uma área que temos e vamos continuar a investir”. A afirmação do director do Agrupamento de Escolas D. Maria II espelha o empenho que este conjunto de escolas tem levado a cabo em prol dos resultados dos seus alunos. Por exemplo, foi atribuído a todos os estudantes do 10.ºano um bloco de 90 minutos na disciplina de Matemática “para reforçar a carga curricular na disciplina”, colmatando algumas necessidades demonstradas por muitos alunos que chegam à escola sem as bases necessárias. “Sentimos que poderia haver uma diferenciação nos alunos de acordo com as suas origens, de maneira a que atribuímos esse bloco de 90 minutos a todas as turmas do 10.º ano”,diz o director.
Também o número de horas de crédito aumentaram substancialmente desde o primeiro ciclo, nível de ensino que viu ainda crescer o apoio ao estudo em mais de 50% relativamente ao ano lectivo anterior. “Estamos a fazer coadjuvação ou desdobramento em duas turmas que achamos que tem um público muito heterogéneo, quer em termos de aprendizagem, quer em termos étnicos. Portanto, teremos quatro professores a trabalhar com duas turmas do 1.º ciclo, para além dos apoios individualizados às restantes crianças com dificuldades de aprendizagem”, prossegue João Dantas.
Os resultados obtidos pelos alunos que frequentam o agrupamento espelham bem o esforço que o mesmo faz para que consigam os seus objectivos. Os resultados alcançados nas diferentes unidades estão acima da média nacional, mas o director destaca, em particular, as notas obtidas no 9.º ano e em que 97% dos estudantes tiveram positiva na disciplina de Português. “É um resultado que nos orgulha e que deve orgulhar as famílias. Mais importante do que a média é referir que quase todos os jovens tiveram positiva. Isto é um trabalho muito significativo, porque até podemos não ter uma média nacional alta, mas não deixámos cair muitos alunos”, diz o dirigente escolar, ressalvado o trabalho dos professores e das próprias famílias.
Ainda no que diz respeito resultados académicos, de notar também que mais de metade dos alunos do12. ano entraram na primeira opção que escolheram no ensino superior, sendo que desses, mais de 55% ficaram na Universidade do Minho. A secundária D. Maria II destaca-se também no panorama académico no que se refere a alunos inscritos em provas de cariz nacional e internacional, como é o caso das olimpíadas.
17 Março 2024
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